Seu Vicente
Residências Artísticas
Rua da Boavista, 46, 1 esquerdo, Cais do Sodré, Lisboa
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Programação Dezembro Seu Vicente
“Processos Organizativos em Dança:
a
singularidade dos designs” com Carolina de Nadai
Dia 7, 4ª feira (19h-21h)
Este encontro propõe apresentar e articular as
ideias presentes na pesquisa de mestrado “Processos Organizativos em Dança: a
singularidade dos designs” num ambiente de criação e produção de arte, que não o
académico com o objectivo de partilha e construção dos trânsitos
teórico-práticos em dança:
“Diferentes danças coexistem no mundo e
todas elas são designs enquanto acontecem, esta é a hipótese aqui lançada. Para dissertar
acerca dos modos organizativos da dança, esta pesquisa inclinou-se a uma
redução inter-teórica para abarcar os conceitos de dança, design e evolução,
bem como utilizou-se de alguns parâmetros sistémicos (da Teoria Geral dos
Sistemas), com o objectivo de entender que a dança no seu fazer, configura um
design respectivo às interacções produzidas pela estrutura e funcionalidade
vigentes em cada singularidade organizativa. Nessa perspectiva corpo e ambiente
co-evoluem e co-desenham informações que resultam em designs de dança. Para
tanto, foi necessário desmistificar a compreensão hegemónica de design,
presente principalmente nos meios de comunicação, com o intuito de perceber que
designs são resultantes de modos relacionais estabelecidos entre estrutura e
funcionalidade. O objectivo desta pesquisa é possibilitar a percepção de que os
mais variados modos organizativos em dança resultam em designs enquanto
acontecem, e que designs de dança são contextualizados pelos acordos
continuamente construídos entre corpo e ambiente.”
Bio: Carolina De
Nadai, formada em dança pela FAP – Faculdade de Artes do Paraná, integrou a
cia. Téssera sob a direcção de Rafael Pacheco e Cristiane Wosniak. Foi artista
residente bolsista na Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento,
Curitiba-PR e criou o solo “DES”. É mestre em Dança pelo Programa de
Pós-Graduação em Dança – PPGD, da Universidade Federal da Bahia – UFBA, na qual
desenvolveu a pesquisa teórica titulada: “Processos Organizativos em Dança: a
singularidade dos designs” tendo como orientadora a Prof.ª Dr.ª Adria na
Bittencourt Machado. Têm interesses em dança contemporânea e seus processos
criativos bem como em propostas articuladas pelos ambientes académicos e
artísticos.
Gratuito
Apoio: Tapada da Tojeira|
AZEITE TOJEIRA
“Subjetividade,
Foucault e Cinema” com Fábio Zanoni
Dia 14, 4ª
feira (17h-21h)
Por que ainda
falamos que somos reprimidos?
Com o auxílio do filme Gattaca, pretendemos refletir sobre um dos
principais conceitos do filósofo francês Michel Foucault, a saber, o conceito
de bio-política. Trata-se, em linhas gerais, de auscultar as dinâmicas de
governo de si e do outro que estruturam nossa vida cotidiana, a fim de jogar um
pouco de luz nos ideais reguladores que se inscrevem nos nossos menores hábitos,
gestos e sentimentos, em tudo aquilo que costumamos imaginar como
idiossincrático.
Bio: Fábio Zanoni,
formado em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Atualmente, trabalha com
questões ligadas ao cinema e ao teatro, em especial a partir das considerações
trazidas à baila pelo filósofo francês Michel Foucault.
Investimento: a vontade
Apoio: Tapada da Tojeira|
AZEITE TOJEIRA
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Programação Novembro Seu
Vicente
“Subjetividade, Foucault e Cinema” com Fábio
Zanoni
11 (17-21h)
O objetivo geral do encontro será problematizar
alguns efeitos da contemporaneidade na fabricação das subjetividades, por meio
da análise do filme A Dúvida, tomado como exemplo
privilegiado das políticas de subjetivação postas em funcionamento na
construção de nossa maneira de nos relacionar conosco e com os outros.
Trata-se, em linhas gerais, de tomar a subjetividade como um problema político, e não um dado natural.
Bio: Fábio Zanoni, formado em Filosofia pela
Universidade de São Paulo. Atualmente, trabalha com questões ligadas ao cinema
e ao teatro, em especial a partir das considerações trazidas à baila
pelo filósofo francês Michel Foucault.
Investimento: 8 euros.
Apoio: Tapada da Tojeira| AZEITE TOJEIRA
“The meantime fall” com Diana Kubicz
15,16 (18:30 às 21:30h) e 17 (14-17h)
Esse Laboratório tem como foco principal a relação
entre o sujeito, o outro e a palavra. Partindo da hipótese em que há uma
inter-ação da “violência”acompanhando o o ato de escrever, examinaremos as
consequências dessas discriminações e distorções: no mundo e no escritor.
Diana Kubicz – Trabalhei como psicóloga na Polônia.
Estudei escrita em Cracóvia junto aos autores polacos Olga Tokarczuk e Marek
Bienczyk antes de vir a Portugal ao c-e-m(centro em movimento). Minha área de
pesquisa atual envolve um processo em que a palavra escrita é revelada através
da interface corpo, do outro, e do mundo objetivo.
Investimento: 15 euros os três dias.
“Conversas sobre Produção” com Cristina Vilhena e
convidados
26/11 (10 – 13h) - Inserido no contexto do
CORPO ZERO
Estas conversas são uma partilha de
experiencias de produção, sendo o foco principal nesse primeiro encontro os
acontecimentos na rua. Como conhecer a especificidade de cada proposta e como
esta é trabalhada com a rua e com as pessoas que a habitam.
Cristina Vilhena Iniciou o seu percurso em Sines a
colaborar no Teatro do Mar. Esta trajectória contribuiu para criar
disponibilidade para as relações humanas. Integrar a equipa do c.e.m - centro
em movimento desde 1999, onde faz a direcção de produção e o acompanhamento dos
percursos de criação dos estagiários e integrantes dos programas de formação e
investigação, tem sido fundamental para o desenvolvimento das acções contínuas
junto de pessoas e lugares como o Pedras d’Água. Nos últimos 3 anos colaborou
com Madalena Vitorino no Festival TODOS.
Investimento: 20 euros
“Projecto de vídeo participativo Olhares Nómadas”
com ?lex
26 e 27(19-21h)
O projecto “Olhares nómadas”, projecto audiovisual
que propõe habitar e conectar realidades, num esforço de alargar o espectro de
entendimento dentro e entre as comunidades e culturas. Integrando o processo
criativo no quotidiano das pessoas. Realizando atelieres de filme
documentário .
A proposta desses encontros é o compartilhamento de
alguns desses vídeo-documentários e o diálogo que se pode gerar a partir de seu
visionamento.
Filmes:
Dia26
19h, No hia ma (Indigenas em
Laos), 27 Min
Os Akha são uma tribo indígena originalmente da
Mongólia em constante migração. Som Thone é um rapaz akha, que a os 22 anos foi
estudar a capital, Vientianne. Acabados seus estudos vai trabalhar na oficina
de turismo onde nos conhecemos e decidimos ir juntos até a sua aldeia natal.
Uma viagem onirica sobre o encontro.
“As vezes eu serei o teu guia, as vezes tu serás
o meu guia” Som Thone
19h30, O terceiro olhar (Mulheres Saharauis
refugiadas), 23 Min
No campo de refugiados de Dajla, há 20
anos vivem milhares de saharáuis, numa espera forçada por um
referendo pela independência do seu país, que nunca acontece. Este
documentário foi filmado por mulheres deste campo
Ao longo dos cinco dias do FISAHARA 2010
(Festival Internacional de Cinema do Sahara).
Famílias abrem suas casas, sua cultura, músicas,
histórias, reivindicações, sonhos e quotidiano para o mundo. Filmam,
falam, cantam, … na esperança da mudança.
20h Conversa
Dia 27
19h, Resultado do Laboratório de
documentário "Habitar a matéria do real", 30 Min. Com a
presença dos participantes e o orientador.
19h30, Conversa.
20h, Movimento 15M - Indignados
"desde dentro", 40 Min.
Selecção de peças curtas do movimento 15M,
realizadas pela comissão de audiovisuais do
15M de Madrid - Audiovisol, e Lisboa. Com
a presença de um dos integrantes da comissão.
20h40, Conversa.
?lex: Nasci em Madrid, onde participo do movimento
social de ocupação, vivendo em casas abandonadas e reciclando espaços para
criar centros sociais para o bairro, Lavapiés.
Venho a Lisboa e estudo na Maumaus (Escola de Artes
Visuais) e no CEM-Centro Em Movimento (Centro Multidisciplinar de Artes).Em
2004, crio o projecto de vídeo comunitário Olhares Nómadas
(www.olharesnomadas.blog.com), desenvolvido com jovens “em risco” em Heliopolis
(favela de São Paulo), com artistas de rua e mulheres em contexto de
prostituição (Lisboa), numa aldeia Gnawa no Sahara, com a FIA, em bairros
africanos da periferia de Lisboa, na Ásia (Japão, Koreia, China, Tibete,
Cambodja, Laos, Tailândia, BirmaniaÍndia) num campo de refugiados Saaraui
(Fisahara - Festival de cinema do Saara), com jovens na mouraria (Lisboa) e em
Lavapiés (Madrid).
Gratuito
Apoio: Tapada da Tojeira| AZEITE TOJEIRA
A Viragem Ética da Política e da Arte - UNIPOP;
Vanessa Brito e Bruno Peixe Dias
28,29 e 30 (18h-21h)
Os anos 80 e 90 assistiram àquilo a que podemos
chamar uma viragem ética da política, que se traduziu por um crescente
interesse pela problemática do «mal» e dos direitos humanos, ao mesmo tempo que
a militância política das décadas anteriores perdia intensidade. Para Alain
Badiou, esta ideologia ética representa uma nova figura do niilismo cujos
efeitos se assemelham ao que ainda hoje se faz sentir: uma consensual
resignação ao estado de coisas actual, que aparece como algo de necessário ou
como um «mal menor» face aos desastres a que uma vontade política de
transformação radical teria conduzido. Jacques Rancière, por seu lado,
diagnostica a extensão desta viragem ética ao universo da arte contemporânea,
denunciando-a também como sendo aquilo que bloqueia a possibilidade da política
e do próprio pensamento.
Neste seminário intensivo propomos reactivar este
debate, questionar as transformações que sofreu este sentimento niilista e
interrogar esta possível oposição entre ética e política. Isto a partir da
leitura conjunta de uma selecção de textos e da análise de exemplos concretos
extraídos à arte contemporânea e à actualidade política internacional, focando
nomeadamente os discursos assentes numa «indignação» difusa, que representaria
o mais recente sintoma desta viragem ética.
Vanessa Brito é investigadora de pós-doutoramento no
Instituto de Filosofia da Linguagem (IFL) da FCSH/UNL. Co-organizou este ano o
colóquio internacional «Jacques Rancière – Entre nós e as palavras: a filosofia
contra o consenso» e traduziu recentemente para português o seu livro Estética
e Política: a Partilha do Sensível (2010), publicado pela Dafne
Editora.
Bruno Peixe Dias é investigador do Centro de
Filosofia da Universidade de Lisboa e da Númena – Centro de Investigação em
Ciências Sociais e Humanas. Elaborou uma tese de mestrado sobre Alain Badiou e
coordenou, com José Neves, a edição do livro A Política dos Muitos.
Povo, Classes e Multidão (2010), publicado pelas Edições
Tinta-da-China.
Lugares limitados.
No final do seminário será emitido um certificado de frequência.
No final do seminário será emitido um certificado de frequência.
Gratuito
Apoio: Fórum Dança/O Rumo do Fumo
Todos os laboratórios estão sujeitos à inscrição
prévia via e-mail(nome e laboratório): coletivoqualquer@yahoo.com.br
domingo, 6 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Seu Vicente
“Seu Vicente” Residências Artísticas é um projeto
do c.e.m – centro em movimento -
que tem como jardineiros o coletivo qualquer, formado pelos pesquisadores
Luciana Chieregati (Brasil) e Ibon Salvador (País Basco) e é apoiado pela Câmara
Municipal de Lisboa. Este espaço nasce com a vontade de ser um lugar vivo e
em abertura constante, onde teoria e pratica se entrecruzem como questão vital
ao abordar a criação na arte (e onde for), e onde pessoas do bairro e de outros lugares se cruzem e se confundam também.
Para tal propomos-nos três eixos centrais:
- O acolhimento de artistas nacionais e
internacionais em residência;
- A constituição de uma plataforma de
discussão e investigação transdisciplinar ligada às acções a decorrer no c-e-m (centro em movimento);
- E dinâmicas de abertura e cruzamento com
o bairro de São Paulo e com as outras estruturas sitas no edifício da Boavista;
Propiciar encontros de investigação orientadas no
aprofundamento de um corpo relacional que se densifica na sua relação com o
entorno, no ir e vir das informações entre pessoas e lugares e desde aí
construir uma arte, é uma urgência nestes dias. Nesse caminhar nos perguntamos
desde e com que corpo emerge a criação, visando uma ampliação e aprofundamento
de olhares que combinam e recombinam filosofia, ciência, dança, escrita, bairro, pessoas e geografias.
Ir criando linhas de trabalho que se cruzaram com
outras dos que por aqui transitem, falem, escutem. A ideia é proporcionar nesta
área de Lisboa um lugar onde quem quiser se perguntar ou ser perguntado,
estudar, propor praticas, dedicar um tempo à observação, no fundo
trabalhar em viés não especificados da matéria criação encontre um espaço, um
tempo e uma disponibilidade.
Em breve estará no blog a programação do mês de
Novembro, bem como algumas outras informações e atualizações relacionadas aos
acontecimentos do espaço.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
ABERTURA – “Seu Vicente” Residências Artísticas » Dia 1 de Novembro, 3a feira as 18:00horas Rua da Boavista 46, 1o direito (Cais de Sodré)
O projecto “Seu Vicente” visa criar um espaço de cruzamentos e convívios de diferentes sensibilidades artísticas e mundanas abrindo um lugar de ajuntamento sem necessidade de pertenças concretas nem avaliadas. Queremos ir fomentando aqui uma plataforma para conversar, pesquisar em criação, discutir contemporaneidades, observar e também estar calados. Elaborar uma engenharia dos trânsitos do bairro estando com quem passa por aqui, co-criar com os outras três estruturas que também habitam o mesmo edifício da Boavista, que desde Outubro começou a ter lençóis pendurados nas janelas.
Os porteiros da casa do “Seu Vicente” são o Coletivo Qualquer uma dupla de jardineiros da dança e do pensamento (Luciana Chieregati, brasileira e Ibon Salvador do País Basco) que fazem parte da equipa do c.e.m (centro em movimento).
Nos perguntamos o que é comunidade nestes tempos? O que é a arte na rua? O que é criação? Podendo substituir todos os “o ques” por “comos”. Convidamos a quem esteja interessado ou curioso a tomar um chá, um café, um vinho nesta próxima terça feira.
Até já
“Seu Vicente”.
c.e.m coletivo qualquer
www.c-e-m.org
Programa de Acolhimento de Artistas em Residência: Câmara Municipal de Lisboa
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