Programação Novembro Seu
Vicente
“Subjetividade, Foucault e Cinema” com Fábio
Zanoni
11 (17-21h)
O objetivo geral do encontro será problematizar
alguns efeitos da contemporaneidade na fabricação das subjetividades, por meio
da análise do filme A Dúvida, tomado como exemplo
privilegiado das políticas de subjetivação postas em funcionamento na
construção de nossa maneira de nos relacionar conosco e com os outros.
Trata-se, em linhas gerais, de tomar a subjetividade como um problema político, e não um dado natural.
Bio: Fábio Zanoni, formado em Filosofia pela
Universidade de São Paulo. Atualmente, trabalha com questões ligadas ao cinema
e ao teatro, em especial a partir das considerações trazidas à baila
pelo filósofo francês Michel Foucault.
Investimento: 8 euros.
Apoio: Tapada da Tojeira| AZEITE TOJEIRA
“The meantime fall” com Diana Kubicz
15,16 (18:30 às 21:30h) e 17 (14-17h)
Esse Laboratório tem como foco principal a relação
entre o sujeito, o outro e a palavra. Partindo da hipótese em que há uma
inter-ação da “violência”acompanhando o o ato de escrever, examinaremos as
consequências dessas discriminações e distorções: no mundo e no escritor.
Diana Kubicz – Trabalhei como psicóloga na Polônia.
Estudei escrita em Cracóvia junto aos autores polacos Olga Tokarczuk e Marek
Bienczyk antes de vir a Portugal ao c-e-m(centro em movimento). Minha área de
pesquisa atual envolve um processo em que a palavra escrita é revelada através
da interface corpo, do outro, e do mundo objetivo.
Investimento: 15 euros os três dias.
“Conversas sobre Produção” com Cristina Vilhena e
convidados
26/11 (10 – 13h) - Inserido no contexto do
CORPO ZERO
Estas conversas são uma partilha de
experiencias de produção, sendo o foco principal nesse primeiro encontro os
acontecimentos na rua. Como conhecer a especificidade de cada proposta e como
esta é trabalhada com a rua e com as pessoas que a habitam.
Cristina Vilhena Iniciou o seu percurso em Sines a
colaborar no Teatro do Mar. Esta trajectória contribuiu para criar
disponibilidade para as relações humanas. Integrar a equipa do c.e.m - centro
em movimento desde 1999, onde faz a direcção de produção e o acompanhamento dos
percursos de criação dos estagiários e integrantes dos programas de formação e
investigação, tem sido fundamental para o desenvolvimento das acções contínuas
junto de pessoas e lugares como o Pedras d’Água. Nos últimos 3 anos colaborou
com Madalena Vitorino no Festival TODOS.
Investimento: 20 euros
“Projecto de vídeo participativo Olhares Nómadas”
com ?lex
26 e 27(19-21h)
O projecto “Olhares nómadas”, projecto audiovisual
que propõe habitar e conectar realidades, num esforço de alargar o espectro de
entendimento dentro e entre as comunidades e culturas. Integrando o processo
criativo no quotidiano das pessoas. Realizando atelieres de filme
documentário .
A proposta desses encontros é o compartilhamento de
alguns desses vídeo-documentários e o diálogo que se pode gerar a partir de seu
visionamento.
Filmes:
Dia26
19h, No hia ma (Indigenas em
Laos), 27 Min
Os Akha são uma tribo indígena originalmente da
Mongólia em constante migração. Som Thone é um rapaz akha, que a os 22 anos foi
estudar a capital, Vientianne. Acabados seus estudos vai trabalhar na oficina
de turismo onde nos conhecemos e decidimos ir juntos até a sua aldeia natal.
Uma viagem onirica sobre o encontro.
“As vezes eu serei o teu guia, as vezes tu serás
o meu guia” Som Thone
19h30, O terceiro olhar (Mulheres Saharauis
refugiadas), 23 Min
No campo de refugiados de Dajla, há 20
anos vivem milhares de saharáuis, numa espera forçada por um
referendo pela independência do seu país, que nunca acontece. Este
documentário foi filmado por mulheres deste campo
Ao longo dos cinco dias do FISAHARA 2010
(Festival Internacional de Cinema do Sahara).
Famílias abrem suas casas, sua cultura, músicas,
histórias, reivindicações, sonhos e quotidiano para o mundo. Filmam,
falam, cantam, … na esperança da mudança.
20h Conversa
Dia 27
19h, Resultado do Laboratório de
documentário "Habitar a matéria do real", 30 Min. Com a
presença dos participantes e o orientador.
19h30, Conversa.
20h, Movimento 15M - Indignados
"desde dentro", 40 Min.
Selecção de peças curtas do movimento 15M,
realizadas pela comissão de audiovisuais do
15M de Madrid - Audiovisol, e Lisboa. Com
a presença de um dos integrantes da comissão.
20h40, Conversa.
?lex: Nasci em Madrid, onde participo do movimento
social de ocupação, vivendo em casas abandonadas e reciclando espaços para
criar centros sociais para o bairro, Lavapiés.
Venho a Lisboa e estudo na Maumaus (Escola de Artes
Visuais) e no CEM-Centro Em Movimento (Centro Multidisciplinar de Artes).Em
2004, crio o projecto de vídeo comunitário Olhares Nómadas
(www.olharesnomadas.blog.com), desenvolvido com jovens “em risco” em Heliopolis
(favela de São Paulo), com artistas de rua e mulheres em contexto de
prostituição (Lisboa), numa aldeia Gnawa no Sahara, com a FIA, em bairros
africanos da periferia de Lisboa, na Ásia (Japão, Koreia, China, Tibete,
Cambodja, Laos, Tailândia, BirmaniaÍndia) num campo de refugiados Saaraui
(Fisahara - Festival de cinema do Saara), com jovens na mouraria (Lisboa) e em
Lavapiés (Madrid).
Gratuito
Apoio: Tapada da Tojeira| AZEITE TOJEIRA
A Viragem Ética da Política e da Arte - UNIPOP;
Vanessa Brito e Bruno Peixe Dias
28,29 e 30 (18h-21h)
Os anos 80 e 90 assistiram àquilo a que podemos
chamar uma viragem ética da política, que se traduziu por um crescente
interesse pela problemática do «mal» e dos direitos humanos, ao mesmo tempo que
a militância política das décadas anteriores perdia intensidade. Para Alain
Badiou, esta ideologia ética representa uma nova figura do niilismo cujos
efeitos se assemelham ao que ainda hoje se faz sentir: uma consensual
resignação ao estado de coisas actual, que aparece como algo de necessário ou
como um «mal menor» face aos desastres a que uma vontade política de
transformação radical teria conduzido. Jacques Rancière, por seu lado,
diagnostica a extensão desta viragem ética ao universo da arte contemporânea,
denunciando-a também como sendo aquilo que bloqueia a possibilidade da política
e do próprio pensamento.
Neste seminário intensivo propomos reactivar este
debate, questionar as transformações que sofreu este sentimento niilista e
interrogar esta possível oposição entre ética e política. Isto a partir da
leitura conjunta de uma selecção de textos e da análise de exemplos concretos
extraídos à arte contemporânea e à actualidade política internacional, focando
nomeadamente os discursos assentes numa «indignação» difusa, que representaria
o mais recente sintoma desta viragem ética.
Vanessa Brito é investigadora de pós-doutoramento no
Instituto de Filosofia da Linguagem (IFL) da FCSH/UNL. Co-organizou este ano o
colóquio internacional «Jacques Rancière – Entre nós e as palavras: a filosofia
contra o consenso» e traduziu recentemente para português o seu livro Estética
e Política: a Partilha do Sensível (2010), publicado pela Dafne
Editora.
Bruno Peixe Dias é investigador do Centro de
Filosofia da Universidade de Lisboa e da Númena – Centro de Investigação em
Ciências Sociais e Humanas. Elaborou uma tese de mestrado sobre Alain Badiou e
coordenou, com José Neves, a edição do livro A Política dos Muitos.
Povo, Classes e Multidão (2010), publicado pelas Edições
Tinta-da-China.
Lugares limitados.
No final do seminário será emitido um certificado de frequência.
No final do seminário será emitido um certificado de frequência.
Gratuito
Apoio: Fórum Dança/O Rumo do Fumo
Todos os laboratórios estão sujeitos à inscrição
prévia via e-mail(nome e laboratório): coletivoqualquer@yahoo.com.br
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